A Bolívia mais uma vez é palco de conflitos que expõem sua instabilidade política. Nos últimos dias, o país andino sofre protestos violentos nos Departamentos (estados) onde governam os políticos de oposição ao presidente Evo Morales, que se posicionam contra o governo e suas políticas econômicas, pautadas também por questões ideológicas.
Desde a posse de Morales, os Deparmentos de Santa Cruz, Tarija, Chuquisaca, Beni e Pando, localizados ao leste boliviano, se rebelam contra o governo. Esta região, conhecida como "meia lua", é administrada por governos ligados a empresários do gasoduto e de outras riquezas naturais, e por isso cobram mais autonomia na comercialização dos produtos, além de se manifestarem contrários aos repasses destes lucros a investimentos do governo.
Por sua vez, o governo tem adotado medidas que não agradaram a estes departamentos, que juntos contém mais de 80% das reservas de gás do país. Atos como a nacionalização de empresas de exploração de gás e petróleo, limitação de terras, reforma agrária, entre outros, provocaram inúmeros descontentamentos com os governos do leste, que passaram também a reinvidicar autonomia política, além de convocar um referendo para consultar a população sobre a continuidade da Gestão Morales.
Nas urnas o Governo de Evo Morales foi aprovado, mas o que também causou o auge da relação indigesta de governo e oposição foi o do texto da nova Constituição da Bolívia, que foi aprovada pelos parlamentares governistas, sem o apoio da oposição. Isso, juntado aos demais problemas políticos internos, causou uma série de manifestações violentas, que causaram danos no fornecimento de gás a países vizinhos, como o Brasil.
A Bolívia é um dos países mais pobres da América Latina, e possui um histórico de conflitos políticos há muitos anos. Foi assim, por exemplo, com os últimos ex-presidentes Gonçalo Sanchéz de Losada e Carlos Mesa, que não suportaram as pressões contra o governo e renunciaram.
No entanto, a realidade de Evo Morales no poder é diferente do seus antecessores. Indígena e líder de movimentos sociais, o presidente enfrenta também o preconceito de seus adversários, que o julgam como "índio comunista", devido sua posição ideológica de esquerda. Evo, porém, define a classe alta boliviana como "inimiga do governo e favorável às imposições americanas". Esquerdistas ou não, as autoridades bolivianas só encontrarão estabilidade política quando houver um compromisso leal com a vida do país, que também é rico em "barris de pólvora".
Fonte:http://domclaudio.blogspot.com/2008/09/conflitos-na-bolvia.html
Desde a posse de Morales, os Deparmentos de Santa Cruz, Tarija, Chuquisaca, Beni e Pando, localizados ao leste boliviano, se rebelam contra o governo. Esta região, conhecida como "meia lua", é administrada por governos ligados a empresários do gasoduto e de outras riquezas naturais, e por isso cobram mais autonomia na comercialização dos produtos, além de se manifestarem contrários aos repasses destes lucros a investimentos do governo.
Por sua vez, o governo tem adotado medidas que não agradaram a estes departamentos, que juntos contém mais de 80% das reservas de gás do país. Atos como a nacionalização de empresas de exploração de gás e petróleo, limitação de terras, reforma agrária, entre outros, provocaram inúmeros descontentamentos com os governos do leste, que passaram também a reinvidicar autonomia política, além de convocar um referendo para consultar a população sobre a continuidade da Gestão Morales.
Nas urnas o Governo de Evo Morales foi aprovado, mas o que também causou o auge da relação indigesta de governo e oposição foi o do texto da nova Constituição da Bolívia, que foi aprovada pelos parlamentares governistas, sem o apoio da oposição. Isso, juntado aos demais problemas políticos internos, causou uma série de manifestações violentas, que causaram danos no fornecimento de gás a países vizinhos, como o Brasil.
A Bolívia é um dos países mais pobres da América Latina, e possui um histórico de conflitos políticos há muitos anos. Foi assim, por exemplo, com os últimos ex-presidentes Gonçalo Sanchéz de Losada e Carlos Mesa, que não suportaram as pressões contra o governo e renunciaram.
No entanto, a realidade de Evo Morales no poder é diferente do seus antecessores. Indígena e líder de movimentos sociais, o presidente enfrenta também o preconceito de seus adversários, que o julgam como "índio comunista", devido sua posição ideológica de esquerda. Evo, porém, define a classe alta boliviana como "inimiga do governo e favorável às imposições americanas". Esquerdistas ou não, as autoridades bolivianas só encontrarão estabilidade política quando houver um compromisso leal com a vida do país, que também é rico em "barris de pólvora".
Fonte:http://domclaudio.blogspot.com/2008/09/conflitos-na-bolvia.html