terça-feira, 31 de março de 2009

Altos diplomatas dos EUA e do Irã tiveram encontro "breve, mas cordial", diz Hillary


O enviado dos Estados Unidos ao Afeganistão, Richard Holbrooke, teve um breve e cordial encontro com o vice-ministro das relações Exteriores do Irã, Mohammed Mehdi Akhoundzadeh, durante a conferência internavional sobre o Afeganistão em Haia, em mais um passo para destravar 30 anos de relações tensas, informou a secretária de Estado americana Hillary Clinton.

"O encontro não focou qualquer coisa substancial. Foi cordial, não tinha sido planejado, e eles concordaram em manter contato", disse Hillary.

Embora o novo governo dos EUA tenha dito que quer aproximar-se do Irã, Hillary descartou a possibilidade de gestos importantes com o Irã na reunião em Haia e havia dito anteriormente não ter planos para um encontro separado com o vice-ministro do Exterior iraniano.

Em referência ao discurso de Akhoundzadeh, Hillary disse: "A intervenção do representante iraniano apresentou algumas idéias muito claras que vamos discutir juntos."

Os EUA cortaram as relações diplomáticas com o Irã durante uma crise entre 1979 e 1981 na qual um grupo de estudantes militares iranianos manteve 52 diplomatas americanos reféns na Embaixada dos EUA no Irã, por 444 dias.

Mais recentemente, os dois países vivem sob a tensão do programa nuclear iraniano --que Washington diz ter como objetivo a fabricação de armas e que Teerã defende como meio de produção de energia.

Hillary disse que uma carta do governo dos EUA foi entregue ao Irã, pedindo ajuda para três norte-americanos no Irã que não estão conseguindo retornar aos EUA, de acordo com ela. A secretária disse que os três são Robert Levinson, ex-agente do FBI que desapareceu em uma viagem de negócios ao Irã há dois anos e a jornalista iraniano-americana Roxana Saberi. A terceira pessoa, Esha Momeni, é um estudante iraniano-americano detido pelos iranianos em 2008.

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