Lagos e rios emitem gases causadores do efeito estufa bem mais potentes do que se pensava, contrariando o papel da natureza de absorver os gases responsáveis pelo aquecimento climático, segundo um levantamento divulgado na quinta-feira.
O estudo de 474 sistemas de água doce, realizado por especialistas da Suécia, Brasil e EUA, indicou que os lagos emitem uma quantidade de metano equivalente a 25% de todo o dióxido de carbono absorvido pelas áreas terrestres do mundo a cada ano.
Árvores e outras plantas absorvem dióxido de carbono, o principal gás causador de alterações climáticas, ao crescer.
"As emissões de metano de fontes de água doce são maiores do que o esperado", disse à Reuters David Bastviken, principal autor do estudo da Universidade de Linkping, na Suécia.
"Parte do carbono que é capturada e armazenada pela Terra é neutralizada pelo metano das fontes de água doce", de acordo com o estudo.
As emissões de metano, liberado pela decomposição da vegetação e outras matérias orgânicas em rios, represas, lagos e córregos, ainda não tinham sido colocadas em modelos adequados para a compreensão do aquecimento global, disse Bastviken.
Os resultados indicam que outros elementos da natureza, como as florestas, devem ser considerados como estoques naturais robustos de gases de efeito estufa, disse ele.
"Isso significa que as florestas e outros ambientes locais, como depósitos de carbono, são ainda mais importantes" para ajudar a contrabalançar o aquecimento global, disse ele. Estoques em solo "podem ser mais raros do que o esperado".
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