RIO - A taxa de mortalidade infantil no Brasil prossegue em queda, mas é elevada em relação a outros países vizinhos e poderá registrar novos recuos significativos até 2015. Em estudo divulgado nesta quinta-feira, 27, o IBGE destaca o aumento da escolaridade feminina, a elevação do porcentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo) e o acesso aos serviços de saúde contribuíram para a queda da taxa de mortalidade infantil em todo o País.
"Contudo, ainda há um longo percurso pela frente, uma vez que a mortalidade infantil no Brasil, estimada em 23,3 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, em 2008, é alta quando comparada com os indicadores correspondentes aos países vizinhos do cone sul para o período 2005 - 2010", diz o texto da pesquisa.
No mesmo período, países como, por exemplo, Argentina (13,4 por mil), Chile (7,2 por mil) e Uruguai (13,1 por mil) registraram taxas bem menores. Ainda de acordo com os técnicos, é importante lembrar que, em 1970, a taxa de mortalidade infantil no Brasil estava próxima de 100 óbitos de crianças menores de 1 ano por mil nascidos vivos.
De acordo com os parâmetros utilizados na projeção da população do Brasil - Revisão 2008, o País poderá reduzir sua mortalidade infantil para 18,2 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos até 2015, e a esperança de vida ao nascer deverá atingir os 74,8 anos. Já a probabilidade de um recém-nascido falecer antes de completar os 5 anos de idade poderá experimentar um declínio de 32,9%, hoje, para 21,6%0 em 2015.